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Decidir no escuro custa caro: o risco invisível da gestão sem indicadores

Muitas decisões empresariais nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs) ainda são tomadas na base da experiência, do faro, da intuição. E experiência é fundamental, não há dúvida quanto a isso. Mas confiar apenas na intuição, sem dados concretos, é como navegar em mar aberto sem bússola: uma hora o barco se perde.

O grande problema é que, na prática, a maioria das empresas que fatura entre 50 e 300 milhões de reais opera com pouca visibilidade real dos seus números.

O gestor vê o faturamento, mas não enxerga a margem líquida por linha de produto. Olha o fluxo de caixa do mês, mas não sabe quanto do capital está travado em estoques parados. Sente que a operação está rodando, mas não mede a produtividade por área.

E, uma gestão reativa, feita muitas vezes no calor do dia a dia, sem o apoio de informações estruturadas, não permite decisões estratégicas mais seguras. O problema não é só de ferramenta. Não se trata apenas de ter dashboards ou softwares sofisticados.

A real deficiência está no modelo de gestão: falta definição clara de quais indicadores realmente importam, como coletá-los de forma confiável e, principalmente, como interpretá-los para tomar ações práticas. - Darcio Zarpellon

Sem isso, a empresa pode estar crescendo em faturamento, mas destruindo valor sem perceber. Ou pode estar estagnada sem entender exatamente onde estão os gargalos. E o pior: pode tomar decisões que fazem sentido no curto prazo, mas que agravam ainda mais os problemas no médio e longo prazo.

Uma operação eficiente, preparada para crescer de forma saudável, precisa de um sistema de gestão baseado em indicadores de três níveis:

Gestão estratégica exige método. E método exige informação. - Darcio Zarpellon
Estratégico:
  • olhar para o futuro, avaliar retorno sobre o capital investido, rentabilidade de produtos, eficiência de expansão.
Tático:
  • medir performance de áreas críticas — comercial, produção, logística, financeiro — sempre conectadas às metas globais.
Operacional:
  • acompanhar o dia a dia com dados confiáveis, para ajustes rápidos antes que pequenos problemas virem grandes.

          Não é mais um diferencial. É uma necessidade para quem quer crescer, consolidar mercado e gerar valor real para o negócio.

          Se sua empresa já sente que 'algo está errado' mas não consegue identificar exatamente onde, o problema pode estar aí: falta um mapa confiável para guiar as decisões.

          E nenhum capitão navega direito se não souber onde está — e para onde está indo.

          Darcio Zarpellon

          Senior Partner